
Um dos grandes problemas da atualidade é a poluição, cada vez maior, de CO2 na atmosfera. Tal complicação é fruto da liberação de gás carbônico por sistemas de combustão e, principalmente, os que utilizam fontes de combustível não renovável, como gás natural, gás liquefeito de petróleo, gasolina, diesel e querosene. A liberação deste composto inorgânico é extremamente nociva ao meio ambiente porque causa o efeito estufa no planeta, o qual é o principal responsável por atualmente o planeta, segundo cientistas, estar em ebulição, tornando a Terra cada vez menos habitável.

Tendo tal problemática em mente, inovações que visem diminuir a quantidade de CO2 na atmosfera são fundamentais, e é a partir desta perspectiva que os cientistas chineses desenvolveram o amido feito a partir do gás carbônico. Além de colaborar para o sequestro de carbono – retirada de dióxido de carbono da atmosfera – o amido sintetizado através deste composto inorgânico corrobora para a redução do desequilíbrio ecológico causados pela prática de monocultura (grandes plantações de apenas uma espécie vegetal), característica da produção de amido de milho, por exemplo.

A produção de amido a partir da síntese de CO2 ocorrem 11 reações básicas, em contrapartida a planta realiza por fotossíntese a mesma fabricação de amido por gás carbônico com cerca de 60 reações bioquímicas. Cai Tao (autor da descoberta) e os pesquisadores do Instituto Tianjin de Biotecnologia Industrial (TIB) projetaram um sistema sintético quimioenzimático para produzir o amido artificial a partir de uma estratégia de “blocos de construção”, na qual eles integraram módulos catalíticos químicos e biológicos para utilizar uma alta concentração de CO2.

Em suma, a alternativa sintética demonstra uma eficiência na produção de amido a partir do CO2 que é 8,5 vezes superior ao sintetizado a partir do milho, trazendo um avanço significativo rumo à superação da eficiência dos processos naturais. Além dos benefícios ecológicos citados anteriormente, esta abordagem biotecnológica ainda oferece vantagens socioeconômicas, como melhorias na segurança alimentar, a promoção de uma bioeconomia mais autossustentável e, em última instância, o fomento de uma sociedade fundamentada em princípios biológicos.

